A influência do Ribeirão Araraquara para comerciantes e moradores

Seguindo a reportagem especial sobre o Ribeirão Araraquara, comerciantes e moradores comentam sobre os prós e contra na canalização do Rio

A influência do Ribeirão Araraquara para comerciantes e moradores
Ribeirão Araraquara, Santa Isabel. Foto: Divulgação Internet

As opiniões sobre uma possível melhoria com a canalização do Ribeirão Araraquara, divergem quanto ao saneamento, mas, em sua maioria, os moradores concordam que a medida pode ser benéfica e ajudar a acabar com os problemas relacionados as enchentes muitas vezes provocadas pelo descarte irregular de lixo e esgoto que afetam quem tem comércio ou moradia próxima às margens do rio.

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A falta de cuidado com o rio incomoda os moradores de Santa Isabel, Edson Arantes relatou que o mau cheiro é uma das maiores queixas. “Algumas partes da marginal têm um cheiro muito forte. Não é todo dia, mas incomoda quem passa por aqui. Caminho quase todos os dias e vejo que frequentemente jogam lixo no rio – já vi colchões, garrafas pet, sacolas e muitas outras coisas também.” comentou.

Um morador local de 74 anos relembra do Araraquara em seus tempos de criança. “Eu e meus amigos tomávamos banho e brincávamos aqui em nossa infância. Não tinha tanta poluição como agora, era uma rotina que hoje talvez seja impossível de se recuperar.” disse.

A sujeira e poluição do rio também é apontada pelos comerciantes, principalmente os que possuem estabelecimento às margens do rio. Para eles, o descarte irregular de lixo e esgoto obrigam os proprietários a intensificar a limpeza e a manter contato frequente com a prefeitura em casos de eventuais problemas.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente de Santa Isabel, João Buosi, o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) atribuiu ao município a responsabilidade pela limpeza do rio, o que é feito sempre que necessário.

Espécie de aves indicam vida no Araraquara

O rio que um dia foi limpo e cheio de peixes, vive hoje um aspecto que chama a atenção com a diversidade de aves presentes. Entre elas, destacam-se espécies da família Socó, como o Socó-Dorminhoco e o Socó-do-Brejo, ou Tapicuru.

O veterinário Henrique Guérin descreveu algumas das espécies encontradas ali. “O Socó-do-Brejo é inconfundível pela face sem penas e avermelhada e pelo bico curvo, amarelado ou avermelhado. Ele se alimenta de crustáceos, moluscos e vegetação aquática, como folhas e sementes, que encontra em águas rasas.” disse o veterinário.

Já o Socó-Dorminhoco, faz jus ao nome e passa boa parte do dia dormindo, já que é uma espécie noturna. Sua aparência inclui a cabeça e dorso pretos, asas cinzentas, olhos grandes e vermelhos, e duas ou três penas brancas na nuca. Vive em margens de lagos, lagoas e rios, mas pode ser encontrado em qualquer local com água e presença de peixes ou anfíbios.

“Aparentemente essas aves estão expandindo sua presença em áreas urbanas, ocupando rios e córregos com variados níveis de poluição, especialmente em áreas úmidas ou alagadas”, afirmou o especialista.

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