Tem sido visível a atuação de determinados órgãos de comunicação no sentido de menosprezar – e até mesmo difamar! – a conduta dos parlamentares que buscam trazer benefícios de toda ordem para as chamadas “bases eleitorais”, em especial verbas públicas federais e estaduais ou mesmo obras. No que toca às verbas, estas decorrem das denominadas emendas parlamentares, que nada mais são do que indicações feitas por ocasião da elaboração dos orçamentos, que são as leis reguladoras dos gastos públicos anuais.
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Mas parece ser preciso saber diferenciar as condutas dos parlamentares. Realmente, deve haver condutas incorretas – certamente vinculadas a ações ilegais ou até mesmo ilícitas – por ocasião do direcionamento das referidas verbas. Mas no seu todo, estas decorrem de pleitos das comunidades representadas pelos seus deputados. Fazem parte, sim, de um quadro de atuação lícito, justo, eis que os deputados eleitos com os votos de determinadas regiões precisam atuar para conseguir verbas em favor destas. E dentro desse quadro também é justo que vinculem suas atuações parlamentares ao atendimento das regiões que representam. É o que ocorre com o grupo político pejorativamente chamado de “centrão”. Este tem atuado desde a época do então presidente Sarney, nos anos oitenta, e nenhum governo pôde prescindir de seu apoio. A ex-presidente Dilma tentou fazê-lo e deu no que deu…
Como exemplo positivo da atuação dos parlamentares temos as cidades de nossa região, que há anos recebem verbas indicadas pelos deputados , em especial o deputado estadual André do Prado e o deputado federal Marcio Alvino. Estes sempre buscaram ajudar a Santa Casa de Santa Isabel e nunca exigiram qualquer coisa em troca. Buscam recursos porque, sendo atuantes na cidade, certamente reconhecem o bom trabalho realizado, e são agradecidos à população da região. E assim ocorre em todo o país.
Mas, infelizmente, certos órgãos de comunicação só procuram os aspectos negativos, só buscam os escândalos, como ocorreu na última semana, em que pessoas ligadas a importante parlamentar foram objeto de ações da Polícia Federal, que apreendeu montanhas de dinheiro vivo. Condutas erradas ou até mesmo criminosas existem em todos os setores, mas não podemos generalizar e esquecer que os deputados e políticos em geral são eleitos pelo povo, que então não pode reclamar.
É preciso, pois que tomemos cuidado. A desmoralização das instituições democráticas nacionais, o Poder Legislativo, o Judiciário e o Executivo pode levar a uma frustração da população e transformar-se em caldo de cultura para regimes político autoritários, de direita ou de esquerda.