Vira e mexe somos obrigados a comentar as publicações do prefeito Carlos Chinchilla em suas redes sociais. E nem sempre é para reconhecer o conteúdo daquilo que ele posta, na maioria das vezes é para apontar uma incoerência, o que resulta, sempre, numa crítica.
Gosto de me perguntar: Isso é bom ou ruim? Para ele talvez seja bom, pois é incansável no que faz, mesmo diante das críticas que partem de todos os lados. Lembro-me de uma velha raposa política que dizia: “Falem mal, mas falem de mim!” (frase atribuída a José Maria Alkmin, vice presidente do Brasil no governo do Marechal Castelo Branco).
Reconheço que, naquele tempo, pode até ser que a expressão faça sentido, afinal eram poucos os meios de comunicação e extremamente seletivos, assim permanecer no noticiário, mesmo que de uma forma negativa, ensejava oportunidade de aparecer e até de, eventualmente, se defender.
Mas hoje, sei não! Acho que não vale à pena porque são tantas as mídias abertas que o ruim se propaga com muito mais velocidade do que as coisas boas.
Desde que Bolsonaro, imitando Donald Trump se elegeu fazendo postagens nas redes sociais, acredita-se que esse mecanismo de comunicação seja imbatível. Mas não é: a prova disso é o próprio Trump que, quando mostrou sua face real perdeu grande parte de sua credibilidade e entrou para a história americana como um dos poucos presidentes que não se reelegeu.
Mais reflexões sobre a Política Isabelense
Tenho dito que as redes sociais são um perigo: primeiro porque expõem demasiadamente as pessoas (há quem goste!). E segundo porque são dois tipos de pessoas que te seguem: as amigas que te defendem em todas as situações e que acessam a sua página para saber o que está sendo feito.
Os adversários constituem o segundo grupo: são eles que acessam a sua página para ver o que está sendo feito e o que pode ser alvo de críticas. E pode acreditar: todos os políticos têm mais adversários do que amigos. E, pelo volume, propaga-se muito mais a crítica do que os elogios.
Encontrou o risco? Por mais que os aliados compartilhem e divulguem, haverá sempre mais críticos porque mesmo entre os aliados, há aqueles que preferem a crítica e que eventualmente fazem o compartilhamento não por causa do que é bom, mas pela natureza crítica! Há muito mais público para essa do que para aquela!
Assim resta como público a ser informado, a maioria da população que não está nem entre os aliados nem entre os adversários, e que se informam através das redes dos veículos de comunicação. São esses que, de uma forma isenta, limitam apenas a registrar os fatos que, sem julgamento, merecem se transformar em notícia.
Qualquer ação feita por pessoas, autoridades ou não, ao cair na rede se tornam alvo de possibilidades de elogios ou de crítica. A decisão do que vai se receber em troca é unicamente de quem faz a publicação.